Uma escultura em arame.
Aquele lugar onde as coisas se amaranham. Se chegam, se apertam, se criam nós. Tudo acontece neste recinto. Tantos dos nossos emaranhamentos. Boas memórias misturadas com as piores raivas, as maiores vergonhas, os momentos de cara de felicidade e espanto. Muito se mistura nesse lugar. A família vira uma teia poderosíssima, onde aprende-se a dar nós que engendram elos uns nos outros e vão formando um tecido que se pendura por um fino fio de sangue. Que não rompe nunca. No final ou de longe, é um belo tecido que não se cansa nunca de ver e rever.