Uma gravura de tiragem única.
Uma macaca-mulher. Uma mulher-macaca. Sua bolsa social. Seu anel de escrava-comprometida. Toda mulher tem um dono. Quando não é fora, é dentro. Seu pau-de-arara. Seus olhos de sangue. Sua saia de folhas cobre sua fertilidade, sua abundância. Seu rabo impossível, longo, longo, longo, no qual ela se enrola e se disfarça e se confunde. A própria libido a prende e amarra, e ainda assim pulsa vermelha. Eros é o feminino, sabem os filósofos antigos. Seu lugar de ponta-cabeça dentro da malha social. É isso mesmo que ela é? Mulher? O que é esse ser que não é "homem"?